quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Estranho é gostar tanto do seu all star azul.

Reencontros sempre causam algum tipo de expectativa nas pessoas. "Como vai ser?", "Será que é a mesma coisa?" são uma das perguntas que ecoam na nossa cabeça, conforme a hora de se reencontrar vem chegando. Acontece que, dessa vez - confesso que foi a primeira vez que aconteceu desse modo- eu não esperei nada. Não esperava um toque, um beijo, um abraço. Tudo aconteceu, simplesmente, aconteceu. O beijo não estava sendo esperado, não foi programado eu dizer tal coisa e como resposta ganhar o beijo dele. Não. Os lábios se tocaram com uma simples troca de olhares entre tentar prestar atenção no filme e esperar a pizza ficar pronta.
Cheguei a conclusão de que a expectativa mata a real espontaneidade de um encontro. Por que esperamos tantas atitudes de alguém? Por que não contentar-se em esperar... esperar o que vai acontecer, esperar o que vai se sentir quando estiver ao lado da pessoa.
Os abraços foram confortantes, como se o mundo não mais importasse. A paz que invadiu a sala, naquele momento, fez com que os problemas sumissem dos meus pensamentos. Os braços dele envoltos no meu corpo - que no momento estava gelado por causa do clima ameno da cidade ¬¬ - causavam-me uma sensação de proteção que há muito eu não sentia. Eu estava feliz, novamente, feliz. Abri um largo sorriso, o que fez com que ele me perguntasse imediatamente o porquê das risadas. Eu o corrigi: "-Não estou rindo, estou sorrindo." e ele: "-Por que?". Nada respondi, não tinha o que falar, eu estava feliz, somente. Beijei-lhe a boca, mordiscando com carinho e aproveitando aquele momento mágico.
A presença dele esclareceu a minha mente, acalmou os meus sentimentos, como se o mar entrasse na minha casa interior, lavasse as mágoas e me trouxesse calma. Subitamente, toda a dor se esvaiu. Até quando? Não sei. Já não importa. Ontem fui feliz, e hoje continuo sendo.