terça-feira, 22 de dezembro de 2009

involuntário.


Dentre todas as coisas que me irritam, que me travam, que me limitam, o meu medo é o que mais me sufoca. Por que ele se mostra de várias maneiras, em diversas circunstâncias, por causa de muitas pessoas.


E ele tem me consumido, dia a dia, toda vez que meus olhos encontram você. Eu tenho medo de falar o que não devo. Medo de te dar o meu sorriso torto que tanto me entrega. Medo de deixar que você leia os meus pensamentos. Mas, principalmente, medo de pensar que tudo o que aconteceu ficou lá, no passado.


Por que quando tu me olha, minha pele treme e eu tenho certeza de que ainda te quero. Por que quando tu me tocas, meus lábios já ficam entreabertos esperando um beijo teu. E é involuntário. Eu não quero fazer nada disso, mas eu faço. E eu não queria escrever nada disso, mas cá estou eu. Então, a próxima vez que, gritando, eu pedir pra você sair da minha vida e dizer que eu estou indo embora, não deixe, sabote a minha partida.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um pouco de tudo.



Eu consigo ser o seu inferno...

E o seu sonho ao mesmo tempo...

Mas eu não consigo ser nada entre essas duas coisas.

Eu vivo nos extremos... e você não iria me querer de outra maneira...

Pois quando você acha que me tem sob o seu controle, eu escorro entre seus dedos.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entorpecida.


Enquanto aquelas mãos grandes e carinhosas seguravam-me os ombros, minha pele tremia. Tremia como se estivesse olhando aqueles olhos pela primeira vez. Os olhos dele eram tão brilhantes e tão doces, que eu poderia olhar para eles durante uma vida inteira - não, uma vida é pouco, durante 1000 vidas inteiras - sem cansar.
Aquele olhar penetrava em minha alma e sugava todo e qualquer tipo de insegurança. Era tão bom saber que eu o tinha pro resto da minha vida. Era tão ruim pensar que, se um dia ele me deixasse, minha vida provavelmente deixaria de existir. O amor dele era como heroína pra mim. Sentia como se fosse uma droga na qual eu estava viciada. E toda vez que eu estava perto podia sentir que só de respirar o mesmo ar que ele respirava, eu ficava entorpecida de paixão.

Podia sentir o hálito dele como uma brisa em meu rosto. As mãos dele escorregaram dos meus ombros para o meu rosto, segurando com uma delicadeza firme que só ele possuia. Ele me deu um sorriso torto e aproximou seu rosto do meu. Olhou bem fundo nos meus olhos. Fiquei tonta. Aquele olhar parecia sugar minhas energias e me levar pra um mundo só nosso. Sorri.

Ele ficou com os lábios entreabertos, como se fosse me beijar, mas não beijou. Então ouvi aquela voz de veludo, que arrepiava até o fim da minha espinha:

- Eu te amo.
- Eu te amo mais... - era tolice ele achar que poderia me amar mais do que eu o amava.

Ele sorriu, balançou a cabeça negativamente e fez a sua voz ecoar nos meus ouvidos:

-Não tente nunca comparar uma árvore com uma floresta inteira.

Senti algo quente rolar pela minha face. Era uma lágrima. Sentir aquele amor era tão puro e intenso pra mim, que era impossível conter aquela lágrima de felicidade completa. Pela primeira vez, eu me sentia completa. Não por ele ser minha outra metade, mas por ele saber me amar inteira... exatamente como eu era e sempre iria ser.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobriedade?




Amar ele era tão fácil. Por outro lado, era completamente enlouquecedor. Esse amor que crescia tão rapidamente, sugava todas as minhas defesas. Olhar nos olhos dele era como observar atentamente as águas de um lago negro. Aquele olhar negro e profundo, ao mesmo tempo que resplandescia mistério, parecia tão incapaz de me causar algum mal.




Eu simplesmente não conseguia mais alinhar na minha mente o que eu julgava certo. As visões do beijo, do toque, do cheiro dele, embaçavam minha mente, confundindo todos os meus pensamentos. Era inútil tentar vencer uma luta que já estava perdida... eu o amava irrevogavelmente. Esperava ansiosamente cada minuto que se aproximava do momento em que eu poderia me aninhar nos braços dele.




Só o que consigo fazer é me perguntar a todo momento como nós chegamos no estado que estamos? Será tão errado querer tanto uma pessoa a ponto de esquecer todos os riscos que vou correr ao estar com ela? A verdade está escondida nos olhos dele. A vontade está na ponta da minha língua, fervilhando no meu sangue.




Eu só queria poder ser dele, da mesma forma que ele se permite ser meu, mas esse jogo de caça e caçador está me deixando estupefata. Eu não quero mais fugir dele, não quero que ele crie motivos para eu querer fugir. Afinal, eu sempre costumei conhecê-lo tão bem. Há algo que somente eu vejo nele, e isso está me matando... eu só quero a verdade.




quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quarto de hotel.


Eu só tinha te convidado pra vir para dentro do meu mundo. Na realidade, eu só queria mostrá-lo para você. Decidir se ele se tornaria sua nova moradia era uma opção - inegavelmente - toda sua.

Eu só tinha te convidado pra vir deitar na minha cama. Sendo bem sincera, eu só queria conhecer você. Passarmos uma noite nos amando feito dois amantes era uma decisão - irrefutavelmente - toda minha.

Por que no escuro desse quarto de hotel, no esconderijo entre as cobertas, eu tenho sonhos sobre você, eu e nós. E quando esse sonho acaba, eu acordo amedrontada. Você faz tanto jogo pra ser meu, e eu nunca faria nada para que você parecesse um tolo.

Até que acordam os meus anjos vendo através dos meus olhos. Tudo o que vejo agora é o seu sorriso oportunista e seus desejos descarados. Você pega minha mão e eu posso ler em seus lábios: "- Quer cigarros e mentiras? Quer alguns drinques e uma noite?", Não! Obrigada! É muito cedo pra isso.

Então meus anjos adormecem novamente, e me vejo envolvida em seus braços. Uma pequena dose de martini, e você já me parece o homem que eu sempre procurei. Desenho milhões de corações em um guardanapo de papel, enquanto a camareira sorri pra mim o sorriso que eu comprei com um par de moedas.

Mas a noite passa e o efeito do martini também, e junto dele o homem que eu encontrei em você. Você nunca será meu querido. Você nunca será um tolo pra mim. Você nunca será meu.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Conformar?




Definitivamente, eu não quero me conformar... e não vou. Não quero um amor morno, com um relacionamento mais ou menos, com um beijo sem arrepio.

Não quero ligações esporádicas, saudades de vez em quando e mensagens no celular explicando o que não precisa - e não deve - ser explicado. Quero encontrar alguém que me queira sem eu querer primeiro. Alguém que sinta saudade de mim de graça. Alguém que me faça sentir mil borboletas no estômago e que faça minhas bochechas corarem apenas com uma troca de olhares.

Eu quero um amor quente, terno, verdadeiro. Quero beijos intermináveis, que façam meu sangue ferver em minhas veias. Quero um relacionamento de verdade... de verdade mesmo.

Não quero me conformar com um relacionamento que não faz meu tipo. Não quero aceitar uma pessoa que, pra mim, tem uma personalidade inaceitável. Não quero amar alguém que eu não busco pra mim. Não que essa pessoa seja ruim. Não é. Não é mesmo. Somente não é quem eu busco, quem eu quero.

E é exatamente isso que eu não quero... Ficar com alguém que eu não quero, só pra dizer que eu tenho alguém.

Eu continuo não sabendo o que eu quero...


Mas eu sei exatamente o que eu não quero...

... e eu não quero continuar vivendo esse tumulto de indefinições com você.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Oi?


Tudo que eu queria poder fazer era ultrapassar aquela distância mínima que me impedia de estar colada a ele. Só pra poder parar bem pertinho dele e dizer:


-Oi? Faça-me um favor... cuida bem de mim?



quarta-feira, 22 de julho de 2009

Já foi.


No meu canto. É bem nele que eu quero ficar. Cansei... desse vai e volta, desse leva e traz. Se planeja tua vida e a sopra à favor do vento para o mundo saber, por que sempre devo ser a última a saber? Se teu coração, que um dia foi meu, já evaporou, por que devo eu cuidar? Não cuido. Toma. Coloque no bolso e saia daqui.


Se todos sabem quem te faz sorrir de graça, eu já cansei de sorrir sem graça aos comentários de outrém. Então me diz se vale a pena essa dor desefreada? Não dá. Cansei de imaginar você com ela, recitando as mais belas palavras que comigo já usou.


Justo nós que ríamos dos nossos desencontros. Justo nós que sofríamos com nosso descontrole. Olha só, aonde nosso amor veio parar? Tudo fugiu do controle. E eu? Eu nem sei mais o que quero de você. Talvez nada. Talvez nada mesmo.


Então não liga e não procura a minha voz. Não busque o meu sorriso nos lábios dela. Não sinta o meu toque com a mão de outra. Somente viva com o amor que agora é seu.


Me deixa livre pra dançar com outro par.Me deixa solta pra viver outra paixão. Me deixa esquecida pra eu também te esquecer. Sai daqui de dentro de mim que eu vou fingir que essas cicatrizes que você deixou são sinais.


Vá embora, que não demora pra essa dor sumir... e o meu coração sorrir.




terça-feira, 21 de julho de 2009

Me delicie.


E sem querer, sem prever, sem pedir... você apareceu. E o teu jeito já conhecia o meu jeito tão bem. E os teus olhos já encontravam rapidamente os meus. E minhas bochechas já coravam ao te ver. Teus lábios já liam os meus pensamentos, e já encontravam os meus de forma involuntária. E isso tudo não foi destino, não foi simpatia, não foi casual. Foi vontade. A minha com a sua que se transformou na nossa.


Eu não te peço tudo. Não te peço o mundo. Não te peço o amanhã. Eu só quero o agora. Eu só te peço o agora. Pois não cabe a nós julgar o nosso amor como eterno ou não. Cabe ao nosso amanhã. Então, vive comigo agora, que até amanhã eu te convenço a ficar comigo amanhã de novo... e dessa forma, eu te convenceria todos os dias... até transformar o nosso agora em eternidade.


E eu aceito toda essa saudade cruel que eu sinto de você, só pra me deliciar com maior intensidade quando você voltar pros meus braços. Deixe a responsabilidade do nosso amor com ele mesmo... só viva comigo.


Pois quando eu penso nas mais puras formas de querer, eu me perco entre meus papéis, fotos, lápis e clipes... e fico tentando arquitetar uma vida inteira a dois. E mesmo que eu queira parecer tão séria e cética, eu me entrego a você se você prometer que não vai resistir.


Me ame, bem assim, como eu sou. Eu já cansei de fingir que sou o que não sou. Eu já cansei de amar quem eu não amo. Eu já cansei de ser amada por quem não me conhece. Passeie pelo meu corpo compondo cada melodia que lhe vir a cabeça. Fique a sós comigo e os meus pensamentos. As vontades são as mesmas, eu juro. Me deixa ser tua e de todos os outros que existem dentro de você. Se você ficar, eu não resisto, eu juro.




quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante...


Há algumas semanas atrás, aproveitei os meus fins de semana ociosos - confesso, estava anti-social - para ler e ver filmes... muitos filmes. Pra quem não sabe, eu canto e sou apaixonada por qualquer tipo de arte - lícita, ok? - então derreto-me em qualquer vídeo-locadora e biblioteca. Voltando ao assunto, tudo começou quando eu estava de férias no Rio de Janeiro - tá, tá, "cidade maravilhosa e blá blá blá", mas eu não gosto e ponto - com o meu -até então - querido namorado - atual ex- e discutíamos - não do ato de discutir, mas de diálogo mesmo- sobre qual filme iríamos ver. Meus olhinhos olhavam sedentos para aqueles cartazes, apenas imaginando qual filme iria ver com o meu amado - já expliquei que é ex. Deparei-me com o filme "Ele não estão tão a fim de você" e já comecei a dar pulinhos de alegria. Por que? Vários motivos: Eu queria muito - muito muito - ver o filme, já tinha visto o livro numa livraria, e acho que é sempre interessante para a mulher receber uma ajudinha "divina" para compreender a si e ao "canalha" com quem está se relacionando. Porém, para a minha não surpresa, ele vetou o meu filminho - provavelmente por que eu descobirira ainda mais rápido o quanto ele não estava tão a fim de mim assim. BELEZA! Programa hiper romântico, vendo Velozes e furiosos 4, com direito há 1 hora em pé na fila para comprar as entradas e algumas várias bolhas no meu pé.

Ok. Essa era pra ser uma "breve" introdução... mas confesso que não consigo ser breve em quase nada na minha vida.

Continuando!

Eis que esses dias, estava eu entediadíssima no plantão do meu trabalho, navegando todas as páginas mais úteis e inúteis que existem na "internetosfera" - isso ficou lindo, ãh? - quando deparo-me com o livro "Ele não estão tão a fim assim de você" disponível para download. Fiz a dancinha da alegria mil vezes, meu colega me olhou com cara de espanto e eu olhei pra ele e disse: A partir de hoje, serei outra mulher.

E não menti. Realmente, eu sou. Sabe quando você lê, vê ou vivencia algo que faz cair a sua ficha, acordar pra vida, reparar nas atitudes das pessoas? Pois é, bem isso. Eu nunca até hoje li um livro que me ajudasse tanto. Mas ainda não é exatamente sobre isso que eu gostaria de falar...

Eu aprendi a me amar... me respeitar... acima de tudo e de todos. Aprendi a valorizar minhas qualidades e aprender com os meus defeitos - e olha que eu tenho um milhão, portanto estou vivendo num momento "descoberta total". Aprendi que, se ele - leia-se que o ele AQUI não tem nome - realmente gostar de mim, ele vai me procurar. Aprendi que não preciso mais me descabelar esperando o telefone tocar, nem preciso dar uma de mulher moderninha e sair rastejando bancando a mulher fatal - que de fatal, não tem nada.

E, após mudar esses pequenos conceitos sobre as minhas atitudes, ele - agora com nome - veio pra mim. Ele passou a me procurar, a me ligar, me valorizar, me querer... e me amar. Ele me espera, me encanta, me valoriza, pede opinião pra mim, compartilha o que tem de bom no dia... e o que tem de ruim também. Ele, justo ele, que eu deixei num canto me esperando por todos esses anos, sem nem ao menos perceber que ele poderia ser a pessoa certa.

Sabe aquela pessoa certa? Que te rouba um beijo, um sorriso, um abraço, uma gargalhada. Aquela pessoa que te rouba a paz, e te devolve o dobro em um mísero instante? Pois é... ele...

Perdi tanto tempo - no sentido de perder tempo e não em amadurecer - com os ele's errados, que não me dei conta que na realidade eu só precisava despertar a real mulher em mim pra que ele - o meu ele - se desse conta.

Tudo bem, não me arrependo de nada... já chorei litros, amadureci muito e cheguei a mil conclusões que não concluíram nada de positivo na minha vida.

Então, enquanto eu vou curtindo o meu novo eu, eu vou esperando que o meu queridinho volte logo pra casa, pra perto de mim, pra eu sentir tudo isso junto e misturado, de novo.

Por que quando ele tá longe, dá uma saudade.... sabe? Saudade... exatamente aquilo que fica daquele que não ficou, ou não está - nem que seja só por agora - por perto.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Derreto.

E sempre que fecho meus olhos, você vem pra mim com uma aparição suave e casual. Os meus olhos cerrados, a pele incendiando, e de repente minhas defesas começam a ir embora. E eu nem te toco, nem te sinto, mas te vejo, na bagunça dos desejos e vontades da minha cabeça. Quando você me fala naquele tom sensual, sinto-me envolvida e perco todo o meu controle. Então, eu apenas derreto, caio como a chuva, toda vez que vejo seu rosto eu enlouqueço, desligo-me do mundo.
Eu só quero sucumbir toda vez que você aparecer nos meus pensamentos. Mas ao mesmo tempo eu só quero estar perto. Talvez eu possa me derreter em seus braços, imaginando que você está me conduzindo lentamente e tão suavemente para um lugar qualquer. O lugar nem importa.
Eu só quero te beijar até que os sentimentos transbordem. E sempre que você olha pra mim eu desabo nesse misto de sentimentos.
E eu não posso mais esconder que estou enfraquecendo, querendo o calor do teu abraço. E eu me perco nos meus pensamentos, imaginando você e eu em nuvens de devaneios, que rodam em minha cabeça sem parar. E eu sinto calafrios, só de imaginar em tudo o que eu faria se você fosse meu.