sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Maldição feminina.

Geralmente, quer dizer, quase nunca, acordo-me com uma disposição invejável, sorrindo, cantando e dizendo "Bom dia" para quem estiver a minha volta. Hoje, definitivamente, não foi um desses raros dias. O dia já começou a me irritar ao abrir os olhos. Por que o barulho do despertador do celular é tão esganiçado? Por que não pode ser de forma crescente, como se fosse me acordando aos pouquinhos? Não, já começa aquela música enjoativa logo de manhã... poxa, mal acordei. Eis que o tal do -maldito- celular despertou. Abri somente um olho, estiquei a mão e peguei o celular. Meu olho fica embaçado logo ao acordar, mas vi nitidamente o relógio do celular, marcava 7:00. Pensei cá com meus botões: tô atrasadíssima. Levantei rapidamente, coloquei os chinelos, afaguei a cabeça do cachorro e fui até o banheiro tomar banho. Toalha. Cadê a toalha? "-Amoooooooooor, cadê minha toalha?", o pobrezinho do namorado estava tirando uma gostosa preguiça na cama ainda, quando foi asustado pelos meus berros histéricos matinais. "-Não sei, mulher, não sei... vê se não tá na área de serviço.", ele respondeu calmamente, sim ele ainda estava calmo. "-Pega pra mim! Já tô no banho...", respondi de forma - falsamente - manhosa. "HA-HA-HA, você é muito folgada mesmo... nem ligou o chuveiro ainda", nesse momento notei um pequeno tom de alteração de humor na voz dele. Liguei o chuveiro "Pronto, tá ligado, pega pra mim agora...". Ele não falou mais nada, mas levantou-se e caminhou de forma bastante sonora até a área de serviço. Naquele momento, percebi que havia conseguido irritá-lo. Normal, depois passa. Ele entrou no banheiro, com a toalha da mão e nem me olhou. "-Obrigada!" arrisquei. Silêncio. Ixi, ficou furioso mesmo.
Desliguei o chuveiro, peguei a toalha e comecei a me secar. Saí do box. Ao sair, piso em algo molhado. Xixi do cachorro. "-Caralhooooo, Quixote... poxa... custa, custa segurar o xixi um pouquinho??", o cachorro permaneceu me olhando e balançando o rabo - se é que aquele toquinho que ele tem pode ser chamado de rabo. Sóo que eu conseguia ouvir naquele momento eram as gargalhadas - irritantes, diga-se de passagem - do meu namorado. Lavei o pé, limpei o xixi do cachorro e fui até o quarto. Ele permanecia na mesma posição costumeira: atirado na cama. "-Poxa, já acordei, já tomei banho, já limpei o xixi do cachorro e você continua aí, deitado... você não cansa de não fazer nada?", falava gesticulando tanto que até me passou pela cabeça que minhas mãos que falavam por mim. Ele permaneceu com aquela cara de nada que ele sempre fica quando eu começo a implicar com ele "-Ué, diz pra mim uma coisa que você fez agora de manhã que eu poderia ter te ajudado, além de buscar a toalha que você SEMPRE, repito, SEMPRE esquece de levar pro banho? Ahhhh, por favor, não começa...". Enfrentando, era isso que ele fazia no momento. Ele estava enfrentando meu humor. "- Por que você está tão estúpido comigo?", perguntei eu com as lágrimas já rolando pelo rosto. "Aiiii meu saco, eu não estou estúpido, você acorda toda irritada e estressada e quem "paga o pato" sou eu...", não entendo como ele não tinha me mandando pra puta que pariu ainda. Continuei me arrumando pro trabalho, enquanto ele permanecia em estado de inércia. Resolvi fazer greve de silêncio, sexo, e o que fosse necessário para ele não ser mais estúpido comigo. "- Não vai mais falar comigo, amor?" perguntava o namorado, começando a vestir-se para ir trabalhar, "-Uhn-uhn..." respondi.
Passei os outros 30 minutos sem trocar nenhuma palavra, nem mesmo com meu inconsciente. Entramos no carro. Liguei o rádio. Ele odeia quando ligo o rádio de manhã cedo, diz que ele prefere música só depois que já acordou. Ele não reclamou, não falou nada, só colocou a mão sobre a minha coxa, enquanto mantinha a outra no volante. Começou a tocar uma música que eu, simplesmente amo "Como pode ser gostar de alguéme esse tal alguém...", comecei a chorar, na hora, como se estivesse descascando cebola. "-Tá chorando?", perguntou o namorado, olhando-me com ar de "já sei qual o problema dela de hoje". Eu odeio quando ele acha que sabe tudo o que acontece e passa pela minha cabeça "-Não, tô rindo.", respondi ríspidamente. "-Que bicho te mordeu hoje, meu Deus... quanta ignorância numa pessoa só.", ele deu o recado de "continua assim e vai dar briga" e calou-se. Fomos até o meu trabalho, sem trocar nenhuma palavra. Ele só suspirava alto, como se fizesse de propósito para eu ouvir. Eu ficava olhando para rua, ignorando a presença do motorista o tempo todo. Olhei pra minha calça, estava suja. Ok, o que mais faltava me acontecer hoje? Acordei atrasada, o meu namorado acordou de mau-humor, pisei no xixi do cachorro, calça suja... o que mais? Como se meus pensamentos tivessem sido ouvidos por alguma força maior, o carro parou. Congestionamento há 2 quadras do trabalho. "-Vou andando!", comuniquei ao meu excelentíssimo namorado. "- Poxa, vou ficar nesse congestionamento sozinho?", resmungou ele, fazendo manha. "-Ahhhh, nem vem, tô atrasada, fui!", complementei, numa "delicadeza" inexplicável. Sai do carro, bati a porta e fui caminhando em direção ao trabalho. A bolsa. Esqueci a bolsa. Olhei para trás, o carro permanecia no mesmo lugar. Voltei em direção ao carro, ele só me olhava através do vidro frontal, rindo. Aquilo causou-me uma sensação de fúria mortal, e ele deve ter sentido o meu olhar raivoso penetrar o vidro do carro. Abri a porta. "-Veio me dar um beijo de tchau ao menos?", ele falava e ria ao mesmo tempo, eu podia fuzilar ele, "-Não, esqueci a bolsa.", quando falei isso, olhei no banco do carro e a bolsa nem estava ali. "-Só se você esqueceu em casa, no carro ela não está.", a voz dele tinha um tom de implicância incrível. Entrei no carro com uma irritação visível, "-Não começa, cadê a minha bolsa?", meu tom de voz já estava alterado. "-NÃO SEI!", dessa vez quem alterou o tom de voz foi ele e continuou falando "-SE VOCÊ ACORDOU IRRITADA, DE TPM, SEI LÁ, NÃO DESCONTA EM MIM, E PONTO...". O congestionamento começou a desfazer-se, e o meu trabalho começou a ficar mais próximo. Não via a hora de chegar no trabalho, sair daquele carro e ir aguentar qualquer pessoa, menos o meu namorado. TPM. Pfff, de onde ele tirou que tenho isso? Besta. Ele estacionou em frente ao meu trabalho, desci do carro rapidamente, e ia dirigindo-me a portaria do edifício "-Amor, nem um beijo?", resmungou o amado. Fui até ele, inclinei-me na altura dele e dei um rápido beijo nos lábios dele, "-Chata!", ele completou de forma "carinhosa". Subi até o escritório, bufando de raiva. Entrei na empresa, passando reto por todos os colegas e fui direto ao banheiro. Fechei a porta com força - não bati por que não estava em casa - olhei-me no espelho e comecei a chorar. "-Por que homem e tão insensível?" falava comigo mesmo em voz alta. Fui até minha sala, liguei o computador. Cólicas. Muita cólica! Ri. TPM. Ele novamente tinha razão. Peguei o telefone e disquei o número dele. "Tuuuu... tuuuu...", "-Alô?", com aquela voz mais linda do mundo que só ele tem, "-O-0-oii, amor... sabe queria pedir desculpa...", como eu odiava isso. "-Tudo bem, tenta se acalmar, não vai surtar até de noite... hoje é sexta, amor...vai pensando em algo bem legal para gente fazer depois que você cantar lá no pub...", lindo, ele é lindo... "-Pode deixar...", respondi suavemente. "-Eu te amo, mesmo você sendo assim, tão insuportável...", já contei que ele nunca fala isso? Pois é, mas falou. "-Vai te catar, guri!". Desliguei o telefone. Insuportável? Eu? Tsc, mas eu o amo, mesmo assim.

Senta aí e toma um cafezinho.

A Fran, minha queridíssima mais nova amiga, passou-me um teminha de casa, bem gosto de fazer... responder ao "Meme" abaixo. Tá aí, né... pra quem quiser fuxicar um pouquinho nas minhas coisinhas.

Quatro trabalhos que tive em minha vida:
Manicure, maquiadora, operadora de call center e hoje - enfim - Líder de Operações
* Quatro lugares em que vivi:
Porto Alegre (0 à 10 anos) - Rio de Janeiro (10 à 11 anos) - Porto Alegre (11 até os dias de hoje)
* Quatro Programas de tv que assistia quando criança:
Show da Xuxa, o da Angélica - que não lembro o nome, Sérgio Malandro e Mara Maravilha
* Quatro programas de tv que assisto:
CSI Miami, Gossip girl, Gilmore girls e documentários em geral
* Quatro lugares em que estive e voltaria:
Florianópolis, São Paulo, Buenos Aires e Flórida
* Quatro formas diferente que me chamam:
Pri, Prisci, Priquinita e o mais novo apelido Prisqüila
* Quatro pessoas q te mandam correios quase todos os dias:
Ju, Alison, O namorado e Web Noivas ¬¬
* Quatro comidas favoritas:
Feijão, Strogonoff, Churrasco, Sushi e Sashimi - comida todo mund consegue citar mais de 4 itens, que horror!
* Quatro lugares em que gostaria de estar agora:
Londres, Paris, Buenos Aires e nos braços do meu querido.
* Quatro coisas que espero que esse ano eu possa:
Tirar FINALMENTE a carteira de motorista, conseguir me mudar para SP, conseguir dinheiro para fazer a faculdade e emagrecer, claro!
* Quatro amigos para responder:
Báaaaaa...passo essa, posso pedir ajuda aos universitários?!