sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

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Acho que amor verdadeiro a gente não compra, não aluga. Ele simplesmente existe. Amor verdadeiro não é oportunista, nem obssessivo. Ele mantém a inocência, a ingenuidade.
Se eu tivesse a chance de amar novamente, não trocaria, nunca mais, um amor por um romance. Romance é tão passageiro. Amor é tão enraizado. Não acredito no amor pra sempre, mas acredito que nenhum amor é igual ao outro. Amar alguém é algo único. Cada pessoa é tão singular...
Eu nunca consegui entender a misteriosa distância que existe entre um homem e uma mulher. Nem por que os amores acabam. Nem por que as pessoas se machucam, se ferem... mentem. Mas o que eu realmente não entendo, é como o que até então era "eterno" torna-se repulsa de uma hora pra outra. Amor deveria ser algo sadio, mas comigo até hoje, não foi. Não que eu sofra por amor. Não sofro mais, mas também não o sinto. Tenho medo de sentí-lo novamente.
Não me iludo mais com romance, com sexo, com olhares e sorrisos. Não me entrego de corpo e alma enquanto não sinto o território seguro. Acredito que quando ele aparecer novamente - se aparecer - eu não terei como escapar pois ele me achará e me pegará pelos tornozelos de qualquer jeito. Então, não me preocupo, não me iludo.
Da próxima vez que eu viver tudo isso, não quero me deixar anestesiar por amor. Quero sentir ele com cada célula do meu corpo e enfim ter a certeza de que a única dor que existe é não sentir nada disso tudo...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

involuntário.


Dentre todas as coisas que me irritam, que me travam, que me limitam, o meu medo é o que mais me sufoca. Por que ele se mostra de várias maneiras, em diversas circunstâncias, por causa de muitas pessoas.


E ele tem me consumido, dia a dia, toda vez que meus olhos encontram você. Eu tenho medo de falar o que não devo. Medo de te dar o meu sorriso torto que tanto me entrega. Medo de deixar que você leia os meus pensamentos. Mas, principalmente, medo de pensar que tudo o que aconteceu ficou lá, no passado.


Por que quando tu me olha, minha pele treme e eu tenho certeza de que ainda te quero. Por que quando tu me tocas, meus lábios já ficam entreabertos esperando um beijo teu. E é involuntário. Eu não quero fazer nada disso, mas eu faço. E eu não queria escrever nada disso, mas cá estou eu. Então, a próxima vez que, gritando, eu pedir pra você sair da minha vida e dizer que eu estou indo embora, não deixe, sabote a minha partida.


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Um pouco de tudo.



Eu consigo ser o seu inferno...

E o seu sonho ao mesmo tempo...

Mas eu não consigo ser nada entre essas duas coisas.

Eu vivo nos extremos... e você não iria me querer de outra maneira...

Pois quando você acha que me tem sob o seu controle, eu escorro entre seus dedos.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entorpecida.


Enquanto aquelas mãos grandes e carinhosas seguravam-me os ombros, minha pele tremia. Tremia como se estivesse olhando aqueles olhos pela primeira vez. Os olhos dele eram tão brilhantes e tão doces, que eu poderia olhar para eles durante uma vida inteira - não, uma vida é pouco, durante 1000 vidas inteiras - sem cansar.
Aquele olhar penetrava em minha alma e sugava todo e qualquer tipo de insegurança. Era tão bom saber que eu o tinha pro resto da minha vida. Era tão ruim pensar que, se um dia ele me deixasse, minha vida provavelmente deixaria de existir. O amor dele era como heroína pra mim. Sentia como se fosse uma droga na qual eu estava viciada. E toda vez que eu estava perto podia sentir que só de respirar o mesmo ar que ele respirava, eu ficava entorpecida de paixão.

Podia sentir o hálito dele como uma brisa em meu rosto. As mãos dele escorregaram dos meus ombros para o meu rosto, segurando com uma delicadeza firme que só ele possuia. Ele me deu um sorriso torto e aproximou seu rosto do meu. Olhou bem fundo nos meus olhos. Fiquei tonta. Aquele olhar parecia sugar minhas energias e me levar pra um mundo só nosso. Sorri.

Ele ficou com os lábios entreabertos, como se fosse me beijar, mas não beijou. Então ouvi aquela voz de veludo, que arrepiava até o fim da minha espinha:

- Eu te amo.
- Eu te amo mais... - era tolice ele achar que poderia me amar mais do que eu o amava.

Ele sorriu, balançou a cabeça negativamente e fez a sua voz ecoar nos meus ouvidos:

-Não tente nunca comparar uma árvore com uma floresta inteira.

Senti algo quente rolar pela minha face. Era uma lágrima. Sentir aquele amor era tão puro e intenso pra mim, que era impossível conter aquela lágrima de felicidade completa. Pela primeira vez, eu me sentia completa. Não por ele ser minha outra metade, mas por ele saber me amar inteira... exatamente como eu era e sempre iria ser.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobriedade?




Amar ele era tão fácil. Por outro lado, era completamente enlouquecedor. Esse amor que crescia tão rapidamente, sugava todas as minhas defesas. Olhar nos olhos dele era como observar atentamente as águas de um lago negro. Aquele olhar negro e profundo, ao mesmo tempo que resplandescia mistério, parecia tão incapaz de me causar algum mal.




Eu simplesmente não conseguia mais alinhar na minha mente o que eu julgava certo. As visões do beijo, do toque, do cheiro dele, embaçavam minha mente, confundindo todos os meus pensamentos. Era inútil tentar vencer uma luta que já estava perdida... eu o amava irrevogavelmente. Esperava ansiosamente cada minuto que se aproximava do momento em que eu poderia me aninhar nos braços dele.




Só o que consigo fazer é me perguntar a todo momento como nós chegamos no estado que estamos? Será tão errado querer tanto uma pessoa a ponto de esquecer todos os riscos que vou correr ao estar com ela? A verdade está escondida nos olhos dele. A vontade está na ponta da minha língua, fervilhando no meu sangue.




Eu só queria poder ser dele, da mesma forma que ele se permite ser meu, mas esse jogo de caça e caçador está me deixando estupefata. Eu não quero mais fugir dele, não quero que ele crie motivos para eu querer fugir. Afinal, eu sempre costumei conhecê-lo tão bem. Há algo que somente eu vejo nele, e isso está me matando... eu só quero a verdade.




quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quarto de hotel.


Eu só tinha te convidado pra vir para dentro do meu mundo. Na realidade, eu só queria mostrá-lo para você. Decidir se ele se tornaria sua nova moradia era uma opção - inegavelmente - toda sua.

Eu só tinha te convidado pra vir deitar na minha cama. Sendo bem sincera, eu só queria conhecer você. Passarmos uma noite nos amando feito dois amantes era uma decisão - irrefutavelmente - toda minha.

Por que no escuro desse quarto de hotel, no esconderijo entre as cobertas, eu tenho sonhos sobre você, eu e nós. E quando esse sonho acaba, eu acordo amedrontada. Você faz tanto jogo pra ser meu, e eu nunca faria nada para que você parecesse um tolo.

Até que acordam os meus anjos vendo através dos meus olhos. Tudo o que vejo agora é o seu sorriso oportunista e seus desejos descarados. Você pega minha mão e eu posso ler em seus lábios: "- Quer cigarros e mentiras? Quer alguns drinques e uma noite?", Não! Obrigada! É muito cedo pra isso.

Então meus anjos adormecem novamente, e me vejo envolvida em seus braços. Uma pequena dose de martini, e você já me parece o homem que eu sempre procurei. Desenho milhões de corações em um guardanapo de papel, enquanto a camareira sorri pra mim o sorriso que eu comprei com um par de moedas.

Mas a noite passa e o efeito do martini também, e junto dele o homem que eu encontrei em você. Você nunca será meu querido. Você nunca será um tolo pra mim. Você nunca será meu.


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Conformar?




Definitivamente, eu não quero me conformar... e não vou. Não quero um amor morno, com um relacionamento mais ou menos, com um beijo sem arrepio.

Não quero ligações esporádicas, saudades de vez em quando e mensagens no celular explicando o que não precisa - e não deve - ser explicado. Quero encontrar alguém que me queira sem eu querer primeiro. Alguém que sinta saudade de mim de graça. Alguém que me faça sentir mil borboletas no estômago e que faça minhas bochechas corarem apenas com uma troca de olhares.

Eu quero um amor quente, terno, verdadeiro. Quero beijos intermináveis, que façam meu sangue ferver em minhas veias. Quero um relacionamento de verdade... de verdade mesmo.

Não quero me conformar com um relacionamento que não faz meu tipo. Não quero aceitar uma pessoa que, pra mim, tem uma personalidade inaceitável. Não quero amar alguém que eu não busco pra mim. Não que essa pessoa seja ruim. Não é. Não é mesmo. Somente não é quem eu busco, quem eu quero.

E é exatamente isso que eu não quero... Ficar com alguém que eu não quero, só pra dizer que eu tenho alguém.

Eu continuo não sabendo o que eu quero...


Mas eu sei exatamente o que eu não quero...

... e eu não quero continuar vivendo esse tumulto de indefinições com você.