terça-feira, 22 de dezembro de 2009

involuntário.


Dentre todas as coisas que me irritam, que me travam, que me limitam, o meu medo é o que mais me sufoca. Por que ele se mostra de várias maneiras, em diversas circunstâncias, por causa de muitas pessoas.


E ele tem me consumido, dia a dia, toda vez que meus olhos encontram você. Eu tenho medo de falar o que não devo. Medo de te dar o meu sorriso torto que tanto me entrega. Medo de deixar que você leia os meus pensamentos. Mas, principalmente, medo de pensar que tudo o que aconteceu ficou lá, no passado.


Por que quando tu me olha, minha pele treme e eu tenho certeza de que ainda te quero. Por que quando tu me tocas, meus lábios já ficam entreabertos esperando um beijo teu. E é involuntário. Eu não quero fazer nada disso, mas eu faço. E eu não queria escrever nada disso, mas cá estou eu. Então, a próxima vez que, gritando, eu pedir pra você sair da minha vida e dizer que eu estou indo embora, não deixe, sabote a minha partida.