terça-feira, 21 de outubro de 2008

Tudo e nada, ao mesmo tempo.

Certas coisas não deveriam nunca ser explicadas, simplesmente pelo fato de que explicações tornam tudo muito concreto, e sentimentos não devem ser vistos dessa forma. Bem,pelo menos eu penso assim. O amor é um misto de sensações tão extremas que seria muita prepotência de uma pessoa tentar definí-lo. Não o defino. Eu o sinto... quando sinto. Não sinto amor sempre, nem por todos, nem rapidamente. Também não sei quando começo a senti-lo. Um dia simplesmente percebo que ele está presente na minha vida. Essa presença intrometida me perturba e me acalma. Ele me desorienta e me mostra o caminho. Mas eu não sei como definí-lo em palavras.
Ele aparece quando eu não o quero. Ele surge quando eu o esnobo. E é justamente quando penso estar segura que ele me acha em meu esconderijo. Ele me arrebata. Não consigo nem ao menos encontrar palavras para argumentar os porquê's que eu não o quero no momento. Entretanto, a minha resistência vai cedendo. Mais perto e mais perto, ele se aproxima de mim de um jeito que me fez temê-lo.
O amor destrói e o amor divide. O amor faz sorrir e o amor pode me fazer chorar. O amor pode dar da mesma forma que pode tirar tudo. Eu acho isso difícil de explicar, mas esses extremos - o saber desses extremos - me acalmam. O estado de frenesi que ele me proporciona é tão bom quanto o gozo que meus amores me deram.
O oceano fica pequeno perto da intensidade que sinto esse sentimento. O mundo fica pequeno. O infinito fica pequeno. E as lágrimas que ele já me proporcionou seriam suficientes para criar um oceano em cada planeta do universo. E os sorrisos seriam suficientes para dar de presente para criança que sofre em todo o mundo. O meu amor pode me dar tudo em um piscar de olhos. Pode me tirar tudo também em um estalar de dedos. Minto, tudo não. O meu amor-próprio é só meu, e esse nunca morre.