segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Hoje.

O desenho que a chuva faz quando bate na janela do meu quarto, causa-me uma inquietação revoltante. Estou há horas sentada perto da janela, olhando pra rua... não, minto... não olho pra nada, somente olho. As lágimas nem rolam mais pela minha face, acho que já sequei por dentro. Por que os relacionamentos terminam dessa forma? Como um mesmo alguém pode ser responsável um dia pela tua maior alegria e felicidade e no outro pelo inferno que sua vida se transformou?
Nossa aliança de noivado rola de uma mão para outro, e já não encontro forças para nem ao menos tentar colocá-la no dedo - só pra ver como fica. Os dias em que vivi sorrindo ao lado dele, hoje estão embaçados, pelas lágrimas que existem na minha alma. Por alguns momentos, pensamentos de nós dois juntos rondam minha cabeça e sorrio. O sorriso dura poucos instantes, pois o choro chega para borrá-lo, como se não permitisse que o meu riso existisse.
Dói. Há 1 ano e 6 meses, não tem um dia em que não acorde angustiada, e para ser sincera, já houve noites que deitei para dormir, pedindo a Deus para não mais acordar. Soa-me como se esse amor me estigmatizasse o tempo todo. Como se eu estivesse pagando por um pecado que cometi, e ao pensar nessa possibilidade só lembro-me de tê-lo amado - ainda amo - incondicionalmente.
Já perdi noites e dias, semanas e meses, pensando em algo de errado que eu pudesse ter feito, mas nada me vem à cabeça. E quando ouço a voz dele, tudo fica calmo novamente, meu coração acelera e meu corpo amolece, como se sofrimento já não mais existisse.
A sensação de felicidade sempre dura pouco. O telefone é desligado e um turbilhão de mágoas e lágrimas volta à tona. Dói, novamente.
Até onde esse amor me faz bem? Não sei, para falar a verdade, nem sei se me faz bem. Fato é que não existe algo no mundo que eu deseje com maior intensidade do que vê-lo, novamente. Ninguém entende, mas os beijos dele, os abraços dele, o sexo com ele, tudo era ótimo. Tudo deixava-me num estado de frenesi enlouquecedor. Porém as ligações não atendidas, as mentiras e traições fazem-me viver numa atmosfera de insegurança e tristeza.
Amo. Amo-o como nunca amei ninguém, e nunca irei amar. Para ele, doei-me por completa e são só dele os meus carinhos. Mas o amor que sinto por ele, que outrora fazia-o exibir aos quatro ventos, hoje causa vergonha - ou não sei o que - e o faz esconder de todos que existe alguém que o ama.
Será que os novos amigos sabem que eu existo, ou até mesmo existi na vida dele? Os velhos amigos sabem, mas o contato com eles já é escasso, praticamente inexistente. E todas as meninas que ganham dele o carinho que eu venero, sabem que eu fui - ou sou? - o amor da vida dele? Deixem-no em paz. Ele é o meu preto, meu amor, meu neném... meu tudo.
NÃO! Retiro o que disse, quando ele quiser - se quiser - ele volta atrás e lembra que o sonho que hoje vive somente na minha cabeça, um dia já foi - e pode ser novamente - realidade.

2 comentários:

Menina de óculos disse...

Priii...

Hj vou ter um dia corrido, mas a noite podemos conversar se vc estiver on line. Aguenta firme. Hj o dia será melhor do que ontem e amanhã melhor do que hj.

Beijo e fica bem
:)

Anônimo disse...

...
Cansei de ficar atras da janela vendo os pingos. As vezes vou para a chuva, para molhar meu rosto.
Um anel.
Eu tinha um anelsinho, humilde, eu mesma fiz... Amoroso, nos amavamos isso...
Meu Deus, que pena...